sexta-feira, 28 de setembro de 2018

A Empatia se matou

Meu amigo Iranildo Ferreira, sensibilizado pela vida e pelas relações humanas, escreveu:
"Dias atrás, em face a mais uma tentativa de suicídio, na terceira ponte, belíssimo e importante elo de ligação entre a capital capixaba, Vitória, e a importante e linda cidade de Vila Velha. Vendo e ouvindo as vozes que ecoavam do caos promovido pela interdição da ponte, jornalista Aglisson Lopes de A Gazeta escreveu que naquele dia a "Empatia Pulou da Ponte".
É possível que aquele tenha sido mais um dia em que a Empatia tenha pulado da ponte. Digo mais um dia porque vivo com a triste sensação que todos os dias a Empatia pula ou é convidada a se retirar de algum lugar. Dessa forma, no trágico e competitivo cenário da vida contemporânea, a Empatia parece perdido espaço nas relações familiares, no processo de ensino de valores para as futuras gerações, nas relações de trabalho, no corrido, apressado e sempre concorrido trânsito, nas ônibus, trens e metrôs, nas filas de bancos e outros ambientes de prestação de serviço, nas escolas, nas ruas, praças, IGREJAS em qualquer lugar onde o homem estar. O sujeito humano desse tempo esqueceu que é humano e que como tal, precisa do outro para viver, para crescer, para se reconhecer como humano e também ser reconhecido. O outros, suas lutas, problemas, dramas, sofrimento, fragilidades e miséria reflete em mim e pra mim o que também eu sou, ele e eu existencialmente não somos tão diferentes e talvez, para evoluir, crescer, viver saudável eu preciso mais dele do que eu imagino.
Entretanto sem Empatizar com o outro, sem me reconhecer no outro, o homem contemporâneo tem coisificado a vida, as pessoas, as relações, numa dinâmica do cada um no seu quadrado, cada um com seus problemas e na relação ele e eu, antes ele doente do que eu, antes ele ferrado do que eu, antes ele morto e eu chegando em casa na hora e assim a vida tem seguido, como uma orquestra só de solistas, sem harmonia, conjunto, afinação fazendo apresentação de si para si, com canções agressivas, frias e sem vida. Volta Empatia, não podemos viver sem você."
https://www.facebook.com/iferreiradearaujo

domingo, 16 de setembro de 2018

A Menina

Ah, a menina...! a Menina que curou minhas dores,
A menina que mostrou de novo as cores...
Que no seu cheiro, mostrou-me novos amores...
Nos seus carinhos outros odores...
Ah, essa Menina...